Depois de tantos meses de pandemia pode parecer tarde para comentar sobre o tema; mas recentemente dúvidas começam a surgir, e várias vozes no mundo cristão começam a questionar o cumprimento, por parte das igrejas, das regras governamentais sobre a pandemia, isto é: se igrejas deveriam seguir as instruções do governo sobre o coronavírus ou não. As restrições atuais já afetam profundamente nossa adoração, nossa comunhão, nossas Escolas Dominicais e nosso trabalho de evangelismo. Ninguém gosta delas ou as quer. Recentemente, um periódico evangélico britânico fez a seguinte pergunta: “Devemos fazer um debate sobre o tema? Será que estamos fazendo a coisa certa? Deveriam as igrejas, governadas por Cristo, renderem-se tão facilmente ao Estado, ao reino deste mundo? A pesar de levantar a questão o artigo não a respondeu; mas poderia facilmente tê-lo feito, se somente o escritor tivesse se referido às Confissões de Westminster ou Batista para verificar a posição escriturística. A resposta
“ Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?” ( Romanos 6: 3 ) Os crentes estão unidos a Cristo. Uma pessoa que acredita que os cristãos são livres para continuar pecando trai por uma falta fundamental de compreensão do que é um cristão. Os cristãos não são apenas pecadores culpados declarados Justos por Deus porque Cristo satisfez as exigências da justiça de Deus em seu favor. Essa verdade, que os teólogos chamam de justificação, é de fato essencial. Mas a salvação é muito mais do que justificação. Os crentes também são colocados em união com Jesus Cristo. Paulo apresenta essa verdade importante por meio da analogia do batismo com água. Alguns interpretam erroneamente esta passagem para ensinar que o próprio batismo nos coloca em união com Cristo. Mas Paulo tinha acabado de passar três capítulos ( ROM. 3-5 ) ensinando que a salvação é somente pela fé em Cristo. Ele dificilmente se viraria no capítulo 6 e ensinaria